
A participação de jogadores estrangeiros na primeira divisão do Campeonato Brasileiro cresceu nada menos que 156,6% nos últimos dez anos.
A temporada 2025 da Série A começa hoje quebrando novamente o recorde de presença gringa e tendo a participação de 136 atletas oriundos de outras nações. Só que esse número irá crescer nos próximos meses com o aproveitamento de garotos que hoje estão nas categorias de base e reforços contratados na janela de transferências para o segundo semestre.
No ano passado, o Brasileirão teve início com 126 jogadores de nacionalidades estrangeiras, marca que era a maior da história e que já será superada neste ano.
Dez anos atrás, em 2015, antes do atual boom que encheu os elencos brasileiros de sul-americanos, europeus e africanos, a primeira divisão nacional levou a campo “somente” 53 estrangeiros. Em média, eles eram 2,7 por time. Agora, já são 6,8 em cada elenco.
Só um time 100% brasileiro
Dos 20 clubes na disputa pelo título, apenas o estreante Mirassol tem um elenco 100% brasileiro. O time do interior paulista até conta com jogadores de dupla cidadania, caso do seu camisa 10, Chico.
Mas, como ele é natural do Paraná e ainda não defendeu a seleção principal da Coreia do Sul, país de origem da sua família, continua não sendo contabilizado como estrangeiro.
Por outro lado, o Grêmio e o Vasco são as equipes mais internacionais da competição. Cada um deles conta com 11 jogadores de passaportes variados -no caso dos gaúchos, até o técnico é estrangeiro (Gustavo Quinteros nasceu na Argentina e é naturalizado boliviano).
O regulamento do Brasileiro-2025 permite que cada clube utilize no máximo nove atletas não-brasileiros por jogo. Ou seja, no caso de gremistas e vascaínos, pelo menos dois reforços de fora precisam “à espera de uma chance” a cada rodada.

Holandês Memphis Depay é o mais famoso dos 136 jogadores estrangeiros em ação no Brasileiro
Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF
FONTE: UOL Rafael Reis